terça-feira, julho 12, 2011

“Quando começam a falar de mim, tenho vontade de fugir. Pra suportar a dor, comecei a me cortar”

“Quando começam a falar de mim, tenho vontade de fugir. Pra suportar a dor, comecei a me cortar”


A nossa leitora, M. N., de 14 anos, mandou seu depoimento sobre bullying. Ela não consegue mais ficar no meio de seus colegas de escola por causa das agressões, e, quando pediu ajuda, seus pais acharam que era bobagem.
“Sofro bullying desde pequena, mas nunca liguei muito para isso. Hoje, isso começou me afetar mais. Parei de frequentar lugares onde todos os meus amigos vão pois não aguento as piadinhas que fazem sobre mim quando estão todos reunidos.  Pelo fato de eu ter um  nariz um pouco grande e ser muito magra, eles me chamam de apelidos bem chatos como ‘ladra de ar’ e ‘graveto’. E eu nem preciso estar perto para isso acontecer, pois mesmo quando estou no meu canto, recebo tuítes com zoações a meu respeito. Já falei para os meus pais sobre o problema, mas eles só riem e acham que é bobagem. Pedi que eles me levassem a um psicólogo, mas eles acharam desnecessário. O que eles não sabem é o quanto isso me faz mal.  Quando começam a falar de mim, eu tenho vontade de fugir e ir para um lugar bem longe para chorar. Eu comecei a me cortar, para que pudesse esquecer esse problema e ajuda um pouco. Eu não sei mais o que fazer….”
Procuramos uma profissional para explicar esse comportamento tão sério da leitora.“Este comportamento de se cortar frente a uma situação angustiante, apesar de muito grave, não é incomum e é sim reversível. Em uma fase como a adolescência, em que a jovem se reconhece quando participa de um grupo, ser colocada de lado faz mal para a sua autoestima. A melhor coisa que se pode fazer é procurar um psicanalista. É uma pena que os pai não levem a sério, pois aquilo que ela não pode transformar em palavras, faz com que seu comportamento ganhe as dimensões que ganhou.”, explicou a psicóloga Katia Bizzarro.
Se, como no caso da M., seus pais não acreditarem no seu problema, procure outra pessoa de confiança, como uma tia ou mesmo uma professora, e peça ajuda com o problema!
Você passa por esse problema do bullying? Mande seu depoimento pra gente e levante a cabeça. Não deixe que essa agressão te abale!

16
06/2011

Elas sofreram bullying por ser gordinhas: a T. deu a volta por cima e a L. não ainda superou

Categorias: DepoimentosNas escolasbullying - Por Rafaela Polo às 17:57Comentários 18
Nem todas as pessoas reagem da mesma maneira às agressões do bullying. Algumas ficam traumatizadas para toda vida e outras resolvem dar a volta por cima e não se deixam abalar com esse problema.
T. M., de 13 anos, era chamada de gordinha, mas ao invés de ficar em depressão, ela deu a volta por cima e resolveu enfrentar o problema.
“Sou meio gordinha e desde a 1ª série do colégio os meninos da minha escola me agrediam fisicamente e psicologicamente por causa disso.  Eu sempre fui excluída das atividades e era isolada por todos.  Eu só conversava com os professores , e apenas quando eles me perguntavam alguma coisa. Por causa das agressões, troquei de colégio muitas vezes, mas nada fazia parar. Chegou a um ponto em que fiquei muito doente, por cauda do sofrimento que as agressões me causavam. Fiquei preocupada comigo mesma e pedi ajuda. Avisei meus pais sobre o problema e eles procuraram a escola, o que aumentou o diálogo sobre bullying com os alunos. Comecei  a frequentar uma psicóloga e uma nutricionista e hoje estou superbem.  Se você sofre com o bullying, na maioria das vezes quer fugir dele, se esconder, mas se não se abrir para o diálogo e não enfrentar isso, nunca superará o problema.”

Já a L.B., 18 anos, que também sofria com comentários maldosos por ser gordinha, nunca conseguiu superar os problemas que sofreu nos seus dias de colégio.
“Eu sofro com o bullying desde pequena. Comecei a engordar depois da 1ª série e minha autoestima ficou muito abalada com isso. Alguns meninos do meu colégio nunca perdiam a oportunidade de me zoar  por causa disso. Eles me chamavam de gorda, feia e até fizeram uma música sobre mim.  Mudei de escola querendo que aquele sofrimento acabasse, mas, coincidentemente,  um dos meninos que costumava me zoar se mudou para o mesmo lugar que eu.  Em um intervalo, na escola nova, ele me chamou e, só de ouvir ele falar meu nome tive uma crise de choro e tive que ir embora. Mesmo fazendo algum tempo que esse problema passou, eu não consigo superar. Eu não me acho bonita, não gosto de mim mesma, já tive depressão e me automutilei . Hoje posso me considerar melhor, mas só de ver algum desses meninos, mesmo que de longe, tenho crises de pânico.”
A psicóloga Ana Paula Maia explicou pra gente por que, apesar da agressão ser praticamente a mesma em ambos os casos, uma conseguiu superar o problema e a outra não. “O fato de uma ter superado o problema e a outra não pode se dever a vários fatores. A gente é uma caixa de surpresas. Enquanto uns conseguem se resolver, outros surtam completamente. É tudo uma questão de ter o desejo de mudança. A pessoa vê aquilo que os outros implicam e resolve procurar ajuda e se tratar para superar isso. É como vemos no seriado ‘Glee’, onde os personagens trabalham o que não gostam dentro deles. A superação depende também de como essa pessoa tem suporte em casa. Se os pais estão atentos ao problema e apoiam o filho, com certeza as possibilidades de superação são melhores.”.
Se você sofre com o bullying, não se cale e enfrente esse problema. Será melhor para você e evitará que outros passem pelo mesmo que você passou! =)
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06
06/2011

“Por causa do bullying, comecei a me auto-mutilar”

Categorias: DepoimentosNas escolasbullying - Por Rafaela Polo às 14:56Comentários 81
A leitora G.V., de 13 anos, mandou sua história sobre bullying para nós. No caso dela, a situação chegou ao extremo. O sofrimento que as agressões causaram era tão grande que ela começou a se mutilar.
“Por causa do bullying, comecei a me auto-mutilar. Eu sofro bullying desde os 6 anos, tudo porque tenho uma marca de nascença no rosto, parecida com uma mancha. Em 2008, tudo ficou mais grave. Eu era nova na escola, e quando chegou próximo ao meu aniversário, eu chamei toda a turma para fazer parte, mas ninguém apareceu. A partir disso, comecei as mutilações, pois não me sentia mais importante para ninguém. Este ano, um aluno que era novo na escola em que eu estudo começou a me zuar, e por causa dele, logo em seguida, a escola toda estava me agredindo. Eles falavam que eu estava suja e tentavam limpar meu rosto, no lugar onde tenho minha mancha. Não tinha coragem de contar para os meus pais, mas tive que conversar com meu pai sobre o assunto. Ele foi até a escola falar do problema, e os meninos que fizeram isso comigo foram transferidos, mas o vazio que eu sinto ficou.”
Nós conversamos com a psicóloga Fabiana Pires, que comentou o depoimento da G. “ É essencial promover a conscientização de pais, professores, alunos e todos os que assistem a esse tipo de prática que tanto mal causam as pessoas. Ensinar o respeito pela diversidade é promover a saúde mental e física de todos.”, contou.
Se você passa por um problema como esse não fique calada. Conte aos seus pais e aos responsáveis no seu colégio e enfrente o problema. Essa é uma das maneiras de fazer as agressões pararem.
Você também sofre com o bullying? Manda a sua história pae!81


27
05/2011

Depoimento: Bruna Vieira sofreu bullying, superou e hoje é uma blogueira superfamosa!

Categorias: Sem categoria - Por Equipe CAPRICHO às 16:06Comentários 45
A blogueira Bruna Vieira, 17 anos, mandou seu depoimento pra gente. Criadora do Depois dos Quinze, ela conta como sofreu, enfrentou e superou o bullying! Olha só:
(Foto: arquivo pessoal)
“Sempre fui muito tímida. Tinha medo de fazer novas amizades e acho que isso surgiu com as brincadeiras dos colegas de classe. Quando era menor, usava óculos, era estrábica, gordinha e bem desajeitada. Logo surgiram os apelidos de mau gosto. Para me refugiar de tudo isso, comecei a me interessar muito por fotografia, internet e leitura. Eu tinha quase 2 mil fotos no Orkut, vários textos escritos e um blog recém-criado, chamado B-maybe.
No 1º ano do colegial, mudei de escola. No dia do trote, uma garota do 2º ano tirou uma foto minha e colocou no no Orkut, sem autorização. E o pior, com a legenda ‘Sorry caloura, aqui não tem photoshop!’. Isso me deixou muito triste, principalmente porque os outros alunos da escola acharam a ‘brincadeira’ engraçada e comentaram coisas horríveis a meu respeito. Embora eu tenha sentido muita vontade de desistir, resolvi seguir em frente e não deixar que isso abalasse minha felicidade: afinal, eu havia passado em 2º lugar em um dos concursos mais disputados da região.
Todo mundo que comentou aquelas coisas, com o tempo e a convivência, tornaram-se meus colegas e amigos. A própria garota que publicou a foto veio pedir desculpa.
Hoje, três anos depois, percebo o quanto tudo isso mudou minha vida. Com a ajuda da minha mãe, dos meus novos amigos e das minhas leitoras, consegui superar tudo aquilo. Não guardo mágoas, pois foi graças a tudo que aconteceu que me tornei o que sou hoje. Aprendi a dar importância às coisas certas, e a simplesmente não me importar com o que pensam ou dizem a meu respeito (na internet ou fora dela).
Tento passar isso diariamente com meus textos e fazer com que as pessoas enxerguem o mundo de uma maneira diferente, sem bullying ou qualquer outro tipo de preconceito. Com mais amor, blush e abraço apertado!
ps: me formo este ano no colégio. Meu blog mudou de nome (agora é o Depois dos Quinze). Tirei os óculos e uso lentes, emagreci e não sou mais tão tímida. Nada como o tempo =)”
Você também já enfrentou o bullying? Mande sua história pra gente!

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